Estamos em época de Natal e todos falando em confraternização, em reunir, em recomeçar, em reconciliações.

Mas pelo que vejo ,  a maioria não é sincera.

Sinceridade dói.

Dói ?

Não acho que doa.

Dói é a mentira.




E aparentemente ninguém liga mais para a mentira, a não ser que se de interesse pessoal ou para tirar vantagem ou pior, para usar como desculpas.
Sempre disse a verdade em todos os sentidos e todos me veem como uma estranha, uma esquisita.
Pior: rude! (Peguei essa mania de dizer "pior" e tá difícil tira-la do vocabulário....

Sabe as traças? que saem corroendo tudo que podem para se alimentar?
É essa a sensação que tenho dentro de mim. E não precisa ser comigo essas situações de mentira ou descaso. Até com um desconhecido minha alma grita , e lá vem aquele reboliço de lágrimas escorrendo pelos olhos.
 E não é TPM. As desculpas para isso surgem como bactérias em seu habitat : Sensível demais, boba demais, TPM, boazinha, infantil, não sabe se relacionar e quando essas não bastam, as desculpas viram doenças: bipolar, depressiva, esquizofrênica, maluca e por aí vai.

Incrível !!!!


A culpa da mentira do outro ser humano (se é que é ser humano porque de humano...) é minha !!
Aí já demais!! Mas se eu discutir : sou brigona.....

Parece uma mundo às avessas, onde o errado é certo,  onde roubar e matar é normal E CORRETO !!!

Acredito que nasci no mundo errado , na hora errada ! Mas assim com a flor de Lótus ou flor do Pântano que floresce no meio lamacento , prefiro acreditar que existe um perfume saudável dentro de cada uma, uma luz que possa aquecer a alma com carinho e amor!



A verdade é que ninguém gosta de desabafos mas querem ser ouvidas.
Não gostam de ler as verdades mas querem a verdade em suas vidas.





E como diz Ianê Mello:

No silêncio de minha sala vazia
ecos de lembranças
permeiam minha memória
na noite que avança
na solidão das horas
no tique-taque do relógio 

flashes de minha vida 
em imaginária projeção 
passeiam ante meus olhos 
fitos na parede nua
entre a vigília e o sono

meu corpo recostado no sofá
num plácido repouso
sem desejos além do descanso
a boca num silêncio mudo
emudecido de palavras...

o que fora é silêncio
grita dentro em mim

coisas que só eu escuto
inaudíveis a ouvidos estranhos
incompreensíveis para muitos

sou eu mesma minha cúmplice

minha única parceira
nessas horas de torpor
entregue a intensos sentires


Assim, mais uma noite se passa
e a ela me entrego mansa
meu refúgio
meu abrigo
até o amanhecer de um novo dia.


Ianê Mello


(22.04.13)








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