A raios de ódio atacando minha esfera, sinto o cheiro do vento soprando o medo, sinto anciãs na minha cabeça, mas continuo inerte.
Imagino as copas das arvores, enegrecidas de corvos, que rodeiam minha proteção, quero gritar, mas ninguém me escuta.
Não a sol e nem lua, o que vejo é somente silencio, destilado pelas gargantas rasgadas desses seres humanos que de humano só ficou o ser.
Eles batem os punhos contra a minha morada, usam suas armas mais sofisticadas, mas a minha defesa resiste.
Seus olhares singelos e doces não me atraem mais, minha mente protegida expele seus pensamentos profanos.
Plantam rosas em meu jardim, esperando que na primavera eu as pegue, rapidamente eu me recolho ao quarto mais escuro e finjo não ver nada.
Dessa gente daninha só nos resta a distancia, sigo na minha redoma de vidro frágil, com meus valores intactos, sabendo da onde vim e pra onde vou, e sempre esperando algo de alguma coisas que eu não sei o que é.

(anônimo). Encontrado na página de um amigo.